FILME: O Sítio das Coisas Selvages
REALIZADOR: Spike Jonze
Transcrição: Filipe Melo
Em tom de desabafo, saí bem mais satisfeito no outro dia quando vi "A estrada", porque de facto é um filme do qual se pode tirar uma elação.
Este filme, confesso que não gostei NADA, NADA, NADA, NADA!
A única lição do filme é para os meninos malcriados que se portam mal em casa e com as suas mães, e que precisam de um bom pesadelo para aprenderem a lição e ficarem bonzinhos.
Acho isso muito chato, e achei uma chumbada ver aqueles monstros todos durante um filme inteiro.
Não sei, poderia ter modificado a minha opinião em relação ao filme (vi o trailer) mas realmente não me enganei, porque não gostei NADA, NADA, NADA, NADA!
Só achei alguma graça à cena da lição de astronomia que um professor do filme dá. O que aquele professor disse sobre o planeta e sobre o mundo é o que eu penso também.
Não vejo neste filme um objectivo ou uma lição.
É possivelmente um filme mais direccionado para as crianças, que precisam de se portar bem.
Embora os monstros demonstrem uma grande imaginação, com tantas figuras feias, não consegui gostar do filme. Não posso dizer mais nada, porque a minha crítica é bastante negativa. Talvez não seja culpa do filme, talvez seja eu que sou uma pessoa negativa...
Não me entusiasmou, e já tinha um feeling de que não ia gostar.
João Manuel Serra - 0 estrelas
Filipe Melo - Do Spike Jonze e com estes monstros estava à espera de um filmaço. Não é!
Tiago Carvalho - 1 estrela
A ESTRADA
John Hillcoat
Este é um filme muito negativista, e que não faz o meu género.
Ao mesmo tempo, funciona como uma lição, porque me fez agradecer todas as coisas boas que se passam comigo e que tenho na vida. O filme é um terror repleto de tragédias, catástrofes e desgraças, e eu graças a Deus consigo ver o mundo sobre outro prisma.
O autor do livro que deu origem ao filme (Cormac McCarthy) também dizia que "Este país não é para velhos". Então, isto diz tudo sobre o autor, que eu não conheço - eu acho que a vida também é para os velhos! E aproveitem bem, como eu tenho aproveitado.
Ainda bem que há tantas coisas bonitas no mundo, tanta variedade. Há quem tenha mais ou menos dinheiro ou saúde, mas deve-se sempre tentar aproveitar as coisas fantásticas que a vida nos apresenta.
O filme é muito negativo, e deu-me esta lição e fez-me sentir isto. Eu não percebi bem a origem da catástrofe que deu origem ao problema do filme. Parecia um tremor de terra, mas não há pormenores. Estava tudo destruído, só existiam pessoas más, malfeitores. Não percebo bem a ideia do escritor em fazer uma obra baseada em que tudo é mau.
No filme 2012, o aquecimento global é causado pelo aquecimento da terra. Aqui não se percebe bem. Foi um terremoto?
Há outras coisas ilógicas - eles descobrem comida de uma forma muito fácil, e têm sempre um isqueiro à mão para acender a lareira.
Eu ainda pensei que ele matasse o filho e se suicidasse de seguida, mas mais uma vez temos um "happy-end" típico de Hollywood - os americanos adoram - no 2012 acabou com a arca de noé e os bonzinhos a sobreviver.
Acabou em bem, foi o que foi preciso, depois de tantas catástrofes!
João Manuel Serra - 0 estrelas
Filipe Melo - Eu adorei. É um filme incrível e original!
TIago Carvalho - 2 estrelas
Filme: Sherlock Holmes
Realizador: Guy Ritchie
Transcrição: Nadia Schilling
Fiquei muito decepcionado com o filme, porque sou fã do Sherlock Holmes, desde aqueles clássicos do Conan Doyle, autor dos livros que li, ainda antes de o conhecer o Sherlock Holmes do cinema, e dos quais gostava imenso. Consigo inclusive lembrar-me de várias versões. Por exemplo, lembro-me de uma reposição da RTP Memória de uma série inglesa, com um actor chamado Jeremy Brett, que é muito bom actor, e em que mesmo o actor que fazia de Dr Watson era muito bom (David Burke). Era uma série que tinha o espírito londrino exactamente daquela época e estava muito bem feito, mais do género do Conan Doyle, e mais do meu género, mais elegante, mais de época, e mais a condizer com aquilo que pensamos quando nos lembramos do Sherlock Holmes de Conan Doyle.
Acho que neste filme Sherlock Holmes surge muito sofisticado, é muito exagerado naqueles murros todos, o que no fundo, não era nada o género dele. Sherlock Holmes era um gentleman, e por isso não está a condizer uma coisa com a outra. Até me admira que o filme seja em inglês britânico. Não está de acordo com aquele classicismo deles e aquela coisa toda. Decepcionou-me.
No entanto, achei graça, e foi uma coisa à qual sempre achei graça, a de aparecer em todos os filmes sobre Sherlock Holmes o 221 de Baker Street, que era a rua onde ele morava, e foi onde eu morei, mesmo ali em Londes, quando lá estive. Eles fazem muito reclame disso, porque em todos os filmes, e mesmo em todos os capítulos e nessa série do Jeremy Brett, referem sempre a Baker Street.
Isto não quer dizer que não tenha gostado do filme, tem coisas boas. Eu até simpatizo com este actor que faz de Sherlock Holmes, já o conhecia de outros filmes. Achei que não é bem o Sherlock Holmes, podiam ter inventado outra personagem qualquer. Isto é uma exploração da personalidade, do nome e do carisma do Sherlock Holmes, e acho que em certo ponto devem até ter pago muito dinheiro para fazer este filme e usar o seu nome, de modo que foi um pouco decepcionante. Se não fosse um filme sobre o Sherlock Holmes, eu teria gostado mais. Assim fiquei decepcionado, pelo que estou indeciso entre as duas e três estrelas, mas irei dar 3 estrelas.
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