FILME: Transsiberiano
REALIZADOR: Brad Anderson
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O que achou do filme?
Bem, eu ainda estou cansado porque o filme é muito emotivo e tem muito suspense. Está bem feito!
Não sei se é uma qualidade ou defeito meu, mas vivo muito os filmes. Algumas pessoas que dizem: "Ah, é só um filme!", mas eu vivo muito os filmes.
Por um lado é bom, porque apesar de sofrer um bocado com o suspense, é óptimo viver o filme.
O filme mantém o interesse do princípio ao fim. É violento, e é um caso que embora não seja real, com o tráfico de droga e banditagem que anda para aí, poderia perfeitamente ter acontecido, ainda que um bocado recambolesco.
Está muito bem realizado, bem interpretado e o ambiente é fora do vulgar, infernal. A Sibéria deve ser uma coisa horrorosa por causa do frio. Há uma cena do filme que se passa a 23 graus negativos, mas até fica pior que isso.
Achei interessante aquela viagem, e é claro, tem algumas coisas de que eu não gostei tanto, mas não as vou dizer, porque achei que o filme é bom e gostei bastante.
A rapariga vai muito bem (Emily Mortimer), e o Ben Kingsley (que não me é uma cara simpática, embora o ache bom actor, desde o ghandi). O americano (Woody Harrelson) tem um ar um bocadinho estupidificado no início, mas ganha personalidade ao longo daquela tragédia.
Gostei muito da música de fundo do filme e acho que a produção do filme é espanhola.
A minha primeira viagem a Paris também foi de combóio. Demorava imenso tempo até lá, tinha de dormir em Espanha. Foi antes de 1950. Sempre gostei de andar de combóio.
Comecei a ir mais longe, por exemplo aos Estados Unidos, e comecei a andar de avião, porque teve mesmo de ser. Nunca deixei de ir porque sempre adorei viajar, e pus esse interesse acima de tudo. Ia sempre nervosíssimo, e levava um livro da Agatha Christie para me entreter.
Devo ter lido aquele livro não sei quantas vezes, mas sem tomar muita atenção, porque ia muito nervoso por causa da claustrofobia de que sofro.
Fiz imensas viagens de avião, mas a partir do início da década de 70 começou a aparecer a pirataria aérea e eu fiquei com medo e passei a andar de combóio e de autopullman.
Fizemos uma viagem de autocarro (naquela altura, 1969, ainda estava no regime antigo, já com o Marcelo Caetano) que era proibida, porque foi até à Russia. Havia uma empresa belga que arranjava excursões para portugueses que partiam de Paris.
Fui com a minha mãe. Apanhámos o avião até Paris, e atravessámos a Europa inteira no autopullman: ainda a Alemanha estava dividida, e fomos até à Rússia, que ainda era soviética.
No entanto, o nosso maior interesse não era ir à Rússia, apesar de adorar a Rússia- S. Petersburgo, etc. - o que queriamos era visitar a Escandinávia.
Nós iamos pela Europa Central até à Rússia, subiamos até à Finlandia, Suécia, Noruega e Dinamarca, e visitámos ainda a Alemanha e a Bélgica, antes de regressar a Paris e depois para Lisboa.
Concluindo, gostei imenso do filme, porque adoro suspense, e tenho a impressão que foi dos filmes em que sofri mais por causa disso.
Dou 4 estrelas ao filme.
CLASSIFICAÇÕES
João Manuel Serra (0 a 5) -
Filipe Melo - Vê-se bem, embora a protagonista seja muita estúpida.
Tiago Carvalho (0 a 3) - FÉRIAS
Amigos do Adeus