REALIZADOR: Francis Ford Coppola
http://cinema.sapo.pt/filme/tetro
TIAGO CARVALHO (0 a 3) - Três
FILME: Welcome - Bem-vindo
REALIZADOR: Philippe Lioret
http://cinema.sapo.pt/filme/welcome
FILME: DISTRITO 9
REALIZADOR: NEILL BLOKAMP
cinema.sapo.pt/filme/district-9
Achei um filme muitíssimo bem feito. É um espanto - a ideia do filme de existir uma nave com extraterrestes que venham de outras paragens longinquas até à terra seduziu-me imenso. Desde que eu sou muito miúdo que a ideia me fascina.
Gosto de pensar também que se calhar um dia o Homem poderá fazer a mesma coisa, ir a outros mundos distantes. Tudo isso, para mim, tem uma magia especial. Desde criança que sinto isso. Já tenho dito que adoro o Júlio Verne, as "Vinte mil léguas submarinas", "Viagem à Lua", "Viagem ao centro da Terra": livros escritos em mil oitocentos e tal! Adoro tudo o que exceda a normalidade do nosso planeta, da nossa vida quotidiana e normal.
Achei o filme muito interessante, embora tivesse alguns factores bastante ilógicos. Se pensarmos um bocadinho, fica a pergunta de como é que uns seres tão superiores, que conseguiram superar os Homens e que arranjam uma nave daquelas para viajar até à Terra e até outros locais do Universo, se deixam ficar numa favela num regime completo de "apartheid". Não consigo perceber o realismo da ideia.
Também há questões de linguagem que me escapam. Os sul africanos falavam em Inglês, e eles em marciano. Como é que eles se entendiam? Quer dizer... Os extraterrestres percebiam o inglês, mas não falavam inglês porquê? Acho isso um pormenor estranho.
Lembro-me do apartheid - não acompanho a situação actual da África do Sul, mas suponho que está melhor, até parece que farão lá o campeonato do mundo de futebol. A situação intriga-me e gostava de saber mais sobre o assunto. Surpreende-me que hoje em dia se consiga uma política de mistura racial lá, porque os dirigentes de lá eram uns racistas levados da breca! Adaptaram-se aos novos tempos. É como o PSD e o PS que também se juntaram...
Achei também um bocadinho prolongado o tiroteio e a violência do final. Entristece-me sempre um bocadinho que, no geral, os extraterrestres sejam maus. Devia vir uma nave com extraterrestres bons que viessem ajudar a humanidade, que está tão má. Estes filmes são sempre a ferro a fogo. Há uma grande morbidez na Humanidade, que pende para a violência e para as coisas más, por isso acho mesmo que um dia a própria humanidade acabará na violência. Acho que, na minha ignorância, posso adivinhar que a Humanidade um dia acabará (como acabaram os dinossauros) no pior dos flagelos. Traz-me imensa tristeza pensar nisso.
FILIPE MELO -É um belo filme. Tinha as expectativas muito altas, e não desiludiu. Gosto muito das curtas do realizador!
TIAGO CARVALHO (0 a 3) -
Filme: A Proposta
Realizador: Anne Fletcher
http://cinema.sapo.pt/filme/the-proposal
Filme: Inimigos Públicos
Realizador: Michael Mann
cinema.sapo.pt/filme/public-enemies
O que achou do filme?
Achei que está muito bem feito, muito bem realizado. O cinema atingiu uma expressão fantástica, mas também não acontece em todos os filmes.
A história do filme é banal, porque se não se soubesse que o Dillinger existiu, pareceria uma história inventada de tantos outros filmes de gangsters e de polícias e ladrões que já existem. Até o final, quando ele vai ao cinema sendo procurado pela polícia, com a cabeça a prémio, e vai para aqui e para acolá. Não percebo se isto aconteceu de verdade ou não, se foi assim que ele foi apanhado, porque não sei a história real dele. Parece uma história de uma personagem que não é verídica - até parece fantasia. Com o dinheiro que ele tinha, devia-se ter escondido - não devia andar por todo lado a expor-se publicamente. Não admira que tenha sido apanhado daquela maneira. Se foi assim, se não inventaram (porque podem bem ter romanceado a questão), acho incrível e ilógico. Outra coisa que eu acho no filme: acho que há tendência em retratar o Dillinger como um herói, em vez de o tratar como um bandido, que é o que ele era. Era um criminoso, e, embora não fosse um assassino, roubava bancos. Acho que puseram um rapaz que é quase um galã (Johnny Depp) a fazer de Dillinger. Depois fizeram um romance dele com uma tal Billie (Marion Cottillard), que é muito bonito. Uma pessoa quase que se comove quando ele é morto e apanhado, e o outro polícia vai entregar a mensagem que ele mandou, está tudo feito de forma a comover um bocadinho. Uma pessoa com um bocadinho de sensibilidade acaba por se comover com a interpretação da rapariga, que é muito boa actriz. Eu não sei se é um factor positivo ou negativo no filme. É positivo no sentido de sensibilizar o espectador, mas é negativo no sentido em que deturpa a verdade e falseia o que foi a vida daquele homem, que foi um bandido.
O filme também me interessou porque estou muito ligado àquela década de trinta. Foi a década em que nasci (1931). Desde muito cedo comecei a ir ao cinema, desde os quatro ou cinco anos. É claro: fartei-me de ver o Clark Gable, Shirley Temple, William Powell... É um mergulho no passado lembrar-me daqueles actores todos de quem gostava tanto e de todos aqueles filmes e músicas que estão neste filme. Está-me muito presente no espírito, e traz-me muita saudade. Com a idade que tenho já estou mais para o fim do que para o princípio - lembrar-me do meu princípio, dos meus primórdios, traz-me saudade e comove-me sempre um bocadinho. No conjunto, gostei do filme. Tem muitas qualidades. Gostei de ouvir falar daquela época. Vi o filme duas vezes, e gostei de ver a segunda por causa da companhia!
CLASSIFICAÇÕES
JOÃO MANUEL SERRA (0 a 5) -
FILIPE MELO - É um bom filme, mas parece que os filmes do Michael Mann não têm alma!
TIAGO CARVALHO (0 a 3) -
Filme: UP
Realizador: Pete Docter / Bob Peterson
Transcrição: Nadia Schilling
cinema.sapo.pt/filme/up-1
NOTA DO EDITOR:
Pedimos desculpa pela falta de posts recente, mas foi difícil manter a assiduidade em tempo de férias. Vamos compensar com posts novos.
Abraços a todos.
O que achou do filme?
Só tenho a dizer bem deste filme, porque achei uma maravilha isto da técnica das três dimensões e é pena os filmes todos não serem assim, porque se viam de outra maneira. Deve ser com certeza por ser muito caro... De qualquer maneira, achei o filme muito bonito não só sob o ponto de vista técnico, mas também sob o ponto de vista humano: o enredo, as vozes que o interpretaram, a música, a própria história, achei tudo muito bonito. O próprio prólogo do filme, aquela curta metragem das nuvens, é tão bonita, tão bonita e tão bem feita, que fiquei encantado. Achei realmente um filme de se ver e um filme que atinge um expoente do cinema.
Não penso que seja um filme direccionado só para crianças. É mais para crescidos do que para crianças, por estar de tal maneira bem feito. É claro que a criança pode também atingir a ideia, a perfeição do filme, mas talvez não saiba dar o valor que o filme tem, como uma pessoa adulta dá. De maneira que a minha opinião é que talvez seja mais para adultos do que para crianças. Talvez seja para todos, porque as crianças também acham graça àquelas coisas todas das correrias, aqueles voos, aquilo tudo.
Estava algo relutante em ver um filme de animação, e conheço as três dimensões desde há muito tempo, mas não me tem puxado muito para ir ver, talvez porque nenhum filme tivesse sido tão bom como este. Havia já muitos, mas não me lembro de nenhum tão bom de se ver. A verdade é que estava um bocadinho periclitante, mas gostei imenso e acho que
está um filme excepcional.
Por isso gostei muito, achei muito bom e recomendo às pessoas que vejam e que dêem a sua opinião, que deve ser boa com certeza. Estava na dúvida se dava 4,5 estrelas mas vou dar 5 estrelas ao filme. É raro dar 5 estrelas, mas neste, não vejo nada contra, sob todos os aspectos.
Transcrição : Nadia Schilling
CLASSIFICAÇÕES
João Manuel Serra (0 a 5) -
Filipe Melo - É uma obra prima. ADOREI!
Tiago Carvalho (0 a 3) - FÉRIAS
FILME: Transsiberiano
REALIZADOR: Brad Anderson
cinema.sapo.pt/filme/transsiberian
O que achou do filme?
Bem, eu ainda estou cansado porque o filme é muito emotivo e tem muito suspense. Está bem feito!
Não sei se é uma qualidade ou defeito meu, mas vivo muito os filmes. Algumas pessoas que dizem: "Ah, é só um filme!", mas eu vivo muito os filmes.
Por um lado é bom, porque apesar de sofrer um bocado com o suspense, é óptimo viver o filme.
O filme mantém o interesse do princípio ao fim. É violento, e é um caso que embora não seja real, com o tráfico de droga e banditagem que anda para aí, poderia perfeitamente ter acontecido, ainda que um bocado recambolesco.
Está muito bem realizado, bem interpretado e o ambiente é fora do vulgar, infernal. A Sibéria deve ser uma coisa horrorosa por causa do frio. Há uma cena do filme que se passa a 23 graus negativos, mas até fica pior que isso.
Achei interessante aquela viagem, e é claro, tem algumas coisas de que eu não gostei tanto, mas não as vou dizer, porque achei que o filme é bom e gostei bastante.
A rapariga vai muito bem (Emily Mortimer), e o Ben Kingsley (que não me é uma cara simpática, embora o ache bom actor, desde o ghandi). O americano (Woody Harrelson) tem um ar um bocadinho estupidificado no início, mas ganha personalidade ao longo daquela tragédia.
Gostei muito da música de fundo do filme e acho que a produção do filme é espanhola.
A minha primeira viagem a Paris também foi de combóio. Demorava imenso tempo até lá, tinha de dormir em Espanha. Foi antes de 1950. Sempre gostei de andar de combóio.
Comecei a ir mais longe, por exemplo aos Estados Unidos, e comecei a andar de avião, porque teve mesmo de ser. Nunca deixei de ir porque sempre adorei viajar, e pus esse interesse acima de tudo. Ia sempre nervosíssimo, e levava um livro da Agatha Christie para me entreter.
Devo ter lido aquele livro não sei quantas vezes, mas sem tomar muita atenção, porque ia muito nervoso por causa da claustrofobia de que sofro.
Fiz imensas viagens de avião, mas a partir do início da década de 70 começou a aparecer a pirataria aérea e eu fiquei com medo e passei a andar de combóio e de autopullman.
Fizemos uma viagem de autocarro (naquela altura, 1969, ainda estava no regime antigo, já com o Marcelo Caetano) que era proibida, porque foi até à Russia. Havia uma empresa belga que arranjava excursões para portugueses que partiam de Paris.
Fui com a minha mãe. Apanhámos o avião até Paris, e atravessámos a Europa inteira no autopullman: ainda a Alemanha estava dividida, e fomos até à Rússia, que ainda era soviética.
No entanto, o nosso maior interesse não era ir à Rússia, apesar de adorar a Rússia- S. Petersburgo, etc. - o que queriamos era visitar a Escandinávia.
Nós iamos pela Europa Central até à Rússia, subiamos até à Finlandia, Suécia, Noruega e Dinamarca, e visitámos ainda a Alemanha e a Bélgica, antes de regressar a Paris e depois para Lisboa.
Concluindo, gostei imenso do filme, porque adoro suspense, e tenho a impressão que foi dos filmes em que sofri mais por causa disso.
Dou 4 estrelas ao filme.
CLASSIFICAÇÕES
João Manuel Serra (0 a 5) -
Filipe Melo - Vê-se bem, embora a protagonista seja muita estúpida.
Tiago Carvalho (0 a 3) - FÉRIAS
FILME: Harry Potter e o Principe misterioso
REALIZADOR: David Yates
cinema.sapo.pt/filme/harry-potter-and-the-half-blood-prince
O que achou do filme?
Não é bem o género de filme que eu gosto, estas magias ou feitiçarias. Achei o filme um bocadinho sobre o comprido, mas não deixo de achar que é um filme muitíssimo bem feito, com efeitos especiais espectaculares e com uns pormenores que gostei imenso, como por exemplo o inglês que se fala no filme, que é um inglês que gosto imenso. É um inglês muito britânico. O artista que faz de Professor Dumbledore (Michael Gambon) tem uma voz formidável, que é um pormenor interessante.
O filme tem um ambiente de magia que consegue envolver-nos e deixar-nos em suspenso, pela música de fundo, os cenários, a interpretação, os efeitos especiais… Tudo aquilo é realmente envolvente, sob o ponto de vista da magia. Eu penso que magia, também nós temos aqui no nosso mundo. Não é magia dos feiticeiros, mas é a magia da do Homem, que é muito inteligente. Para mim, que já tenho quase oitenta anos, e que quando era miúdo vivia num mundo atrasado, este progresso, estas coisas todas das máquinas é tudo uma magia, é tudo mágico. A propósito do progresso está nesta altura (na internet) a comemorar-se o quadragésimo aniversário da ida do homem à Lua, a que eu assisti em directo, e naquela altura já era crescidinho: achei espectacular. Foi uma coisa que nunca mais esqueço na minha vida, embora houvesse gente que não acreditasse na ida do Homem à Lua. Mas eu acredito, acreditei sempre na inteligência do Homem, não nas magias e feitiçarias. O site é o wechoosethemoon.org, - aqui se comemora o quadragésimo aniversário, que se completa dia 20, e se acompanha uma sonda que foi lançada pelos Estados Unidos para a Lua.
O filme é baseado num livro de fantasia. O João gosta deste género de livros/filmes?
Não sou muito de livros de fantasia. Gostei muito do Feiticeiro de Oz (com a Judy Garland) quando era miúdo! Como não sou muito de fantasia, ainda não tinha visto nenhum filme do Harry Potter, e nem engraçava muito com a cara dele. Gosto muito da imaginação, e o filme tem muita imaginação, mas apesar de tudo sou uma pessoa muito terra a terra. Acho que o que tem vindo a acontecer no mundo é uma coisa fantástica, e mais ainda o que penso que um dia existirá. Embora não tenha a certeza, acho que o Homem irá ainda mais longe do que foi e que vai haver inventos fantásticos. Acho que já não vou assistir a mais nada, mas o Homem vai chegar bem longe...Até onde não sei.
Para viver para sempre acho que não. Há tempos ouvi na televisão que há uns sábios japoneses que estavam a estudar a maneira do Homem viver para sempre. Eu acho que é absolutamente impossível, porque como era possível as pessoas não morrerem? Onde é que cabiam as pessoas todas se não morressem neste mundo? Não haveria alimentação. Agora já falam que há dificuldade em produzir certos alimentos, como plantas, gado e pesca e que podem mesmo desaparecer. Como é que havia alimentação para esta gente toda? A não ser que também inventassem comprimidos a substituir a comida, e então já não precisávamos (ou precisavam) de alimentação vulgar, carne, peixe vegetais e essas coisas todas.
Até posso acreditar que possa acontecer um dia, agora não sei. Tudo isto é um mistério muito grande. Sou uma pessoa que penso muito no universo, e por isso é que estou com muita vontade de ir ao Observatório Astronómico da Ajuda, para ver as estrelas, como aquele intérprete do filme que observa a Lua (Ron Weasley, interpretado por Rupert Grint). Eu às vezes também me ponho em casa à janela a observar o luar. Fico extasiado a olhar e a pensar o que é isto tudo, como é que começou, as galáxias… Ainda no outro dia descobriram outras galáxias que ainda não se tinham descoberto. Onde é que vão parar as galáxias todas. Onde é que tudo isto começou? Onde é que isto acaba?
O infinito faz-me muita confusão e é algo que sempre me fascinou desde miúdo. Julgo que foi uma coisa precoce, naquela altura pensar nisso tudo com muito interesse, com muita admiração e ao mesmo tempo com muito medo. Isto é uma coisa que nos causa um bocadinho de medo. Já ouvi profecias de que a Terra vai acabar, ou que vai cair um meteorito que acaba com a Terra. Acho que as pessoas têm de penar um bocadinho, se não ficávamos de braços cruzados à espera de morrer… Mas é uma coisa que tenho pena, é que eu se calhar, nem daqui a poucos anos, não vou ver como está este mundo de progresso. No outro dia vi numa revista um Robot, de que já tinha ouvido falar na rádio, que tem sete emoções. Está feito para chorar, para rir, para cantar… Isto é uma coisa fantástica!
CLASSIFICAÇÕES
João Manuel Serra (0 a 5) -
Filipe Melo - A estória não é nada de especial, mas os efeitos especiais são o fim da macacada!
Tiago Carvalho (0 a 3) -
FILME: Bruno
REALIZADOR: Larry Charles
http://cinema.sapo.pt/filme/bruno
Bem, a minha opinião é um bocado contraditória. Primeiro, gostei dos tema que abordou, liberdade, dedicação. Acho que o filme tem duas interpretações e até é um bocadinho difícil perceber a intenção de quem fez o filme.
Se por um lado, acho que é apologista da homossexualidade; por outro lado, também acho que ridiculariza um bocado a homossexualidade. É tudo bastante contraditório - depende um pouco da maneira de pensar da pessoa que vê o filme.
Achei o filme interessante quando abordou o dilema das pessoas que se querem tornar famosas - há momentos do filme que se podem considerar ou muito racistas ou muito anti-racistas. Portanto, não sei - é um filme muito fora do vulgar. Foi a segunda vez que vi. A primeira vez chocou-me muito, porque tem cenas de um mau gosto atroz e detesto este actor - há também alguns comentários infelizes sobre a religião.
Eu acho que deve também haver liberdade de religião, sexual, pollítica -
tem de se respeitar a maneira de ser das outras pessoas.
Eu sou uma pessoa de setenta anos, perto de oitenta, e portanto, acho que até sou bastante actualizado para a minha época, que era uma época completamente diferente. As pessoas da minha época eram muito conservadoras e pensavam de uma maneira muito diferente da que eu penso.
Por exemplo, eu tenho irmãos do segundo casamento do meu pai, que são muito mais novos que eu - o mais novo tem cinquenta e poucos, o outro cinquenta e muitos e a outra fará sessenta. Apesar de serem muito mais novos que eu, são muito mais conservadores e muito mais antiquados do que eu, apesar de terem nascido numa época muito posterior à minha. Eu considero-me muito evoluído nesse aspecto, e aceito muito bem a época actual, até certo ponto: o mundo está a perder a cor e a tornar-se muito violento, e também é necessário travar esta tendência.
Acho muito bonita a democracia, fazer o que se quer desde que não se interfira nos assuntos dos outros, mas acho que vivemos todos em sociedade e tem de haver mais respeito pelo próximo do que está a haver. Há muita gente que não entende a democracia como ela é, e que leva a democracia para outro lado que não tem nada de democrático, e é pena, porque isso passa a ser uma anarquia.
Enfim, achei o filme o filme muito contraditório. Tem coisas muito positivas, especialmente o facto de cada um poder dar a sua interpretação ao filme, uns apologistas disto ou daquilo, e outros satíricos e críticos em relação às mesmas coisas.
Tenho pena que haja tanta cena de mau gosto ao longo do filme, e de facto, não consigo simpatizar com aquele actor (podem gostar muito dele, mas...). Já tinha visto outro filme com ele, e não consigo gostar dele. Com outro actor, não sei o que poderia ser....
CLASSIFICAÇÕES
FILIPE MELO - Eu pensava que não ia gostar muito, mas até foi giro.
PAULA DIOGO (a substituir Tiago Carvalho (0-3) -
FILME: A RESSACA
REALIZADOR: Todd Phillips
cinema.sapo.pt/filme/the-hangover
O que achou do Filme?
Achei o filme um horror! Achei péssimo. Vou ser muito sincero: não estou de acordo com muitas pessoas simpáticas de quem eu gosto muito, que me possam ler e ter a sua opinião positiva do filme, que claro que pode ser muito diferente da minha.
O filme, de uma ponta a outra não tem interesse nenhum, não tem humor nenhum. Acho que isto nem é humor, nem é cómico, é uma palhaçada! Não sei porque se riem daquelas cenas, mas é o que eu digo: a juventude que é muito querida, muito alegre e vê a vida sob um prisma já diferente do meu, tira partido de tudo. E eu acho muito bem que gozem bem, e que riam muito, que é muito bom, e é muito salutar.
Ver o tigre a andar na suite do hotel, ou a galinha, ou as cenas que fazem com o bebé, ou no consultório mostrarem aquele velho decrépito, coitadinho, daquela maneira tão triste… Rirem daquilo? Eu realmente acho que não tem humor nenhum. São cenas sem o mínimo humor!
Até podiam ter feito talvez uma coisa engraçada sobre os solteiros que se vão despedir, mas acho que não há diálogo coerente, e depois é sempre aquela palavra americana, nem digo que seja inglesa… Quer dizer, é inglês, mas é mais na América que se diz o "fucking". Não vou traduzir, porque já toda a gente sabe o que quer dizer, mas da primeira à última cena do filme, quando é assim um filme ordinário só dizem fucking, fucking, fucking, fucking!!! É uma coisa aflitiva de mau gosto.
A interpretação achei horrível: aquele gordo sem graça nenhuma (Zach Galifianakis), sempre a mostrar o rabo… Achei tão feio, tão deselegante. E cenas umas atrás das outras, ordinárias ou sem graça. E falarem do Holocausto – o anel da avó era do Holocausto. Uma coisa tão triste… Foram 6 milhões de Judeus que morreram de uma maneira tão trágica e falam daquela maneira do Holocausto?!. Meu Deus, não consigo perceber; de maneira que achei o filme de uma ponta a outra de um mau gosto atroz. Dou zero estrelas.
CLASSIFICAÇÕES
JOÃO SERRA (de 0-5) - 0 Estrelas
FILIPE MELO- Não é bom nem mau, antes pelo contrário.
Amigos do Adeus